16.PRIMEIRAS FILHAS...
Mesmo sem critérios
estabelecidos no espírito que mais tarde vai reger as futuras chamadas
“Congregações”, as primeiras da igreja equivaleram a, exatamente, três:
Itabatã, Vila Vargas e Duque de Caxias. Uma vislumbrada pelo Pr. Nemir
Rodrigues, quando passando na BR por aquele povoado crescente edificado sob as
demandas da grande empresa, a Bahia Sul Celulose; a segunda surgiu de uma
doação de lote num local, que, à época, era um espaço que tinha muito a crescer
no povoado que crescia para todos os lados; e a terceira, num povoado afastado
e dentro de Teixeira de Freitas, fruto de divisão da Igreja Batista
Independente, naquela localidade. Estas três foram fundamentais, para que
Central assumisse este espírito missionário.
17.CONGREGAÇÕES...
A política religiosa
desenvolvida pela igreja, com seus primeiros pontos de pregação, até os anos de
1996, era, como toda igreja batista, a de congregação, com características
próprias de congregações, como projeções da própria igreja em pontos de atuação
evangelística. O funcionamento é, basicamente, como sendo a própria igreja
atuando em lugares diferentes, mas sob a orientação da sede, sob a coordenação
da sede, limitando, em muito, as iniciativas do grupo que, muitas vezes, não
tinha nem tanto contato com a sede, e vice-versa. O sentido de dependência, em
todos ou em muitos sentidos, sempre retardava emancipação tão esperada e tão
natural a batistas com o espírito de autonomia que nos orgulhamos em ter. Assim
era o comportamento da Igreja Batista Central com suas três filhas já
existentes, o que foi forçado a se repensar com o novo pastor da mesma.
18.CRESCER COM A CIDADE...
Depois do conceito de
“Congregação”, algum progresso passa a se verificar. Baseado na grande
preocupação de sempre, das igrejas, o que sempre ouviu em sua infância e
adolescência, de que as igrejas não se espalham proporcionalmente ao crescer
das cidades, o Pr. Jônatas David inicia uma inovação no espírito missionário da
igreja: Espalhação, Esparramação da igreja pela cidade que está em franco crescimento.
O sonho é ver a igreja presente nos mais variados cantos e bairros do
município. Com um grupo de evangelismo à frente, sob a liderança dele mesmo;
depois, do Pr. Estevão Vilas Boas; e depois do Pr. Edemilson Melo, a igreja
marchou em direção aos lugares mais próximos ou distantes dentro da cidade, e
foi plantando igrejas, incentivando seus membros a permanecerem nos pontos mais
próximos de suas casas; o que deu certo, o que concretizou a tendência de até
hoje.
19.IGREJAS FILHAS...
Uma nova postura quanto ao
lidar com as chamadas Congregações, os pontos de pregação. Basicamente é o
tratar os grupos espalhados como igreja, em todos os sentidos. Desenvolver esta
mentalidade para que privilégios e responsabilidades possam ser assumidas pelo
grupo, e, com isto, seguirem em frente com a mentalidade versada de igreja,
voltando os olhares de todos, deles e da igreja mãe, no sentido de uma
independência de fato, imediatamente, e de direito, sem demoras. As igrejas
filhas passam ser tratadas como donas de suas histórias, decisões, finanças, e
tudo mais. Passam a não serem mais tratadas, também, como congregação, mas como
grupo capaz de lidar com suas atividades e limitações, naturalmente, sem ajuda
integral ou frequente da igreja mãe. Esta nova modalidade vai gerar novas
igrejas com mais frequência, e, também, ao mesmo tempo, gerar autonomias
espontâneas.
20.OUTROS PRINCÍPIOS...
A orientação de Igrejas
Filhas, muito diferente da concepção de Congregação, levou a igreja a, não
comprar lote ou utensílios para os pontos de pregação, mas a, dentro das
condições de cada uma, comprar financiado, suas áreas e construção, pela
Comissão Predial, mesmo que com o aval da igreja mãe. Outro princípio era o de
não enviar semanalmente pessoas para dirigir e ajudar nos cultos e atividades
de cada uma. Isto levou todas a desenvolverem um espírito desafiador e
criativo, abrindo largos espaços para suas emancipações sem demoras. Por outro
lado, elas eram como, que, autônomas, tinham suas reuniões de planejamentos,
deliberações, e gestão de suas próprias entradas financeiras; ficava acertado
que eles remunerariam seus líderes espirituais, mesmo que com auxílio da igreja
mãe. Outros princípios existiam nesta relação, mas todas dentro deste mesmo
espírito promovedor de autonomia.
21.CONSELHO DE PASTORES...
Dentro do princípio de
Igrejas Filhas, foi criado o Conselho de Pastores e Líderes com o intuito de
juntar pastores e líderes espirituais das igrejas mãe e filhas para que, entre
si, pudessem se auto-orientarem, se auto-protegerem, se auto-cuidarem, em
muitos sentidos, nas gestões de suas igrejas, e no programa das igrejas filhas,
em si. A ideia básica é evitar interferências da igreja mãe na vida de cada
igreja filha, trazendo os seus pastores a estudarem soluções e deliberações que
favorecem a todos em seus ministérios. Com as mudanças grotescas que os
batistas têm sofrido na imitação dos métodos e práticas usados pelos
pentecostais e neo-pentecostais no inchamento de suas igrejas, o papel, atual
deste Conselho é descobrir uma igreja integrada que junte igrejas batistas que
se interessem na identidade e unidade bíblica batista. Sem dúvida, este
Conselho é um dos orgulhos históricos da IBC.
22.IGREJA INTEGRADA...
Sem tirar a autonomia das
igrejas, mesmo as não autônomas, o Conselho de Pastores e Líderes, no mesmo
espírito da IBC que o formou, está buscando um alvo muito grande para o
convívio dos pastores e igrejas que estão diretamente ligadas à entidade. A
Igreja Integrada são, basicamente, igrejas autônomas buscando viverem juntas, a
identidade e a unidade consequente, bíblico-batista, como sempre aconteceu em
toda história batista, e que, atualmente, não existe e nem é buscado, a todo
preço, pela grande maioria dos pastores e lideranças convencionais. O
interessante nisto tudo, é a visão do Conselho, que, por sua vez, traz o
entendimento da igreja mãe; desde o começo de sua caminhada, uma igreja
missionária, e, que, no desenrolar desta caminhada, ensejou plantar uma visão
maior, o espírito de Igrejas Filhas, o que hoje se traduz como Igreja
Integrada.
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